segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Serva de Deus Madre Maria de Lourdes de Santa Rosa (1910-1974) - Brasil


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Biografia Sumária da Serva de Deus Madre Maria de Lourdes de Santa Rosa
(1910-1974)

A Serva de Deus Maria de Lourdes de Santa Rosa nasceu em Polignano a Mare, Bari, Itália, em 26 de outubro de 1910. Os seus pais, Vito Giuseppe Laselva e Rosa L’Abbate Laselva deram-lhe o nome de Maria Giovanna Laselva. Ela foi uma das tantas flores perfumadas cultivadas secretamente nos jardins da Igreja Católica. Seus pais deram-lhe desde cedo uma educação profundamente cristã. Ela tinha poucos meses de vida quando eles deixaram a Itália e imigraram para o Brasil, fixando residência em São Paulo.
Em 11 de fevereiro de 1931, festa de Nossa Senhora de Lourdes, a jovem Maria Giovanna entrou no Mosteiro da Luz, fundado por Santo Antônio de Sant’Anna Galvão. Ela escolheu um nome que é um verdadeiro programa de vida espiritual: Irmã Maria de Lourdes de Santa Rosa. Uma vida totalmente dedicada à oração e ao serviço do próximo.
Pela sua profunda piedade e espírito religioso, foi escolhida para ser a fundadora e a primeira Abadessa do Mosteiro da Imaculada Conceição de Guaratinguetá. Ela passou toda sua vida voluntariamente enclausurada, rezando, trabalhando e sacrificando-se pela salvação das almas confiadas à sua intercessão e pela conversão dos pecadores.
A Serva de Deus, apesar da sua constituição física robusta, especialmente nos últimos anos da sua vida foi se enfraquecendo e ficando doente devido, em parte, às longas vigílias de oração, às penitências, aos trabalhos e aos sofrimentos físicos e morais.
Ela se ofereceu como vítima do amor divino, aceitando com fé e com dedicação os sofrimentos físicos e morais. No hospital, imersa em grandes sofrimentos, repetia falando baixinho: “Quero sofrer pela salvação dos pobres pecadores. Eu pedi a Jesus que me fizesse sofrer”. Entre os seus poucos escritos conservados, foi encontrado este ato de oferecimento de si mesma: “Eu, Irmã Maria de Lourdes de Santa Rosa, em união com a Divina Vítima, para a maior glória de Deus, em reparação do amor misericordioso, ultrajado, para a salvação do mundo e para que na minha alma se cumpram a sua eterna vontade, pela santificação dos sacerdotes e as almas consagradas, me ofereço, pelas mãos de Maria Santíssima, como vítima de amor”. (31 de maio de 1947)
A partir do momento que a doença tornou-se mais grave e o hospital de Guaratinguetá não dispondo dos meios adequados para tratá-la, ela foi transportada para o Hospital Santa Catarina e em seguida para o Hospital São Paulo, na capital. No dia 9 de novembro de 1974 ela recebeu os últimos sacramentos com edificante piedade. Nesse mesmo dia entregou sua linda e santa alma nas mãos do Senhor.
Nos dias em que seu corpo ficou exposto na capela do mosteiro os fiéis vieram em massa, juntamente com as autoridades civis e religiosas. Muitas pessoas, aproximando-se do seu corpo, queriam beijar suas mãos, tocar o seu hábito com objetos, imagens e terços. O respeito e a veneração que muita gente tinha por Madre Maria de Lourdes durante sua vida se multiplicaram depois de sua santa morte. A fama de santidade da irmã concepcionista ultrapassou os limites da cidade e os confins do Brasil. Maria de Lourdes, depois de Jesus, torna-se ela mesma uma luza que ilumina o nosso caminho e sal que dá sabor às nossas ações.
Em 12 de março de 2009 o arcebispo de Aparecida, atualmente cardeal dom Raymundo Damasceno Assis deu início solenemente ao processo de canonização de Madre Maria de Lourdes de Santa Rosa. Entre os mais de mil milagres atribuídos a ela, existem muitos que privilegiam as crianças. É emocionante esta atenção e este carinho dela pelos pequeninos. Suplicamos ao Senhor Deus que a glorifique e que o quanto antes a possamos invocar entre os santos da Igreja Católica.

Biografia:
Basacchi, M., Madre Maria di Lourdes. Vita e opere, Aliante, Plignano a Mare, 2006.

Autor da Causa:
Mosteiro da Imaculada Conceição de Guaratinguetá da Ordem da Imaculada Conceição (Concepcionistas)

Iter da Causa:

Fase Diocesana

– Arquidiocese de Aparecida
– Nulla Osta da Congregação das Causas dos Santos: 1° de setembro de 2008

– Pesquisa Diocesana: 2009-2011 

Serva de Deus Madre Maria de Lourdes de Santa Rosa, religiosa concepcionista que viveu no Brasil.

 

Serva de Deus Madre Maria de Lourdes de Santa Rosa, religiosa concepcionista que viveu no Brasil.




A cidade de Guaratinguetá, duas vezes abençoada - por Nossa Senhora Aparecida, no Rio Paraíba em 1717, e Frei Galvão, o primeiro Santo Brasileiro, nascido em 1739 - assiste agora o processo de Beatificação de Madre Maria de Lourdes de Santa Rosa fundadora do Mosteiro da Imaculada Conceição em Guaratinguetá, aberto no dia 12 de Março de 2009. No Mosteiro tem mais de 500 graças alcançadas vindo do Brasil e do exterior e esse número aumenta a cada dia que passa.
A religiosa nasceu em Polignano a Mare, Itália, em 1910, recebendo o nome de Maria Joanna Laselva. Veio para o Brasil aos 02 meses de idade, junto com seus pais e sua irmã Filomena. Foram morar no bairro do Pari, em São Paulo, onde nasceram seus irmãos Paulo José e Domingos. Passado alguns anos a menina entrou em um colégio Salesiano, onde fez seus primeiros estudos. Foi aí que despertou o desejo de seguir a vida religiosa. 
No dia 11 de Fevereiro de 1931, ingressava no Mosteiro da Luz em São Paulo a menina Maria Joanna Laselva, com então 21 anos, e um forte desejo de seguir o exemplo de Santa Beatriz, fundadora da ordem das Irmãs Concepcionistas. Maria Joanna Laselva recebeu o hábito no dia 15 de Agosto de 1931, mudando o seu nome para Irmã Maria de Lourdes de Santa Rosa.
Depois de um noviciado fervoroso fez sua profissão solene a 15 de Agosto de 1935, desde então, o seu estilo de vida e seu modo virtuoso fez com que muitas pessoas a procurassem pedindo orações, estando ela sempre disposta a atender todos sem medir esforços. Por seu modo exemplar foi escolhida pela então Madre Abadessa para fundar um novo Mosteiro em Guaratinguetá, cidade natal de Frei Galvão, o santo conselheiro espiritual das primeiras irmãs Concepcionistas. A irmã Maria de Lourdes viveu aproximadamente 13 anos em São Paulo até que os seus caminhos começaram a se assemelhar com aquele que com muita dificuldade arquitetou e construiu o Mosteiro da Luz.
Logo que foi escolhida para empreender a árdua missão de fundar um novo mosteiro, a irmã veio para Guaratinguetá em 1944, junto com mais 05 irmãs, com os poucos recursos de que provinham. Então Padre Antônio Morais Júnior, pároco da Catedral de Santo Antônio e futuro arcebispo, assumiu a responsabilidade da construção do novo Mosteiro e a planta ficou a cargo dos franciscanos do Convento de Nossa Senhora das Graças.
Família de Madre Maria de Lourdes (ao centro).
Esse mosteiro ficava do lado da Igreja de Santa Luzia, no bairro do Campinho. Quando as irmãs se mudaram para lá ele ainda estava inacabado, então, Madre Maria de Lourdes junto com as outras irmãs tiveram que assentar os batentes e portas, rebocar paredes, cimentar o chão e ainda, por não permitir que estranhos entrassem no Mosteiro, tiveram que ser carpinteiro, eletricista, encanador, pintor, etc. E mesmo com todas as dificuldades que passaram, a vida das concepcionistas passa grande parte no altar, intercedendo por todos os guaratinguetaenses, e mesmo quando elas estavam com a mão na “obra” o pensamento estava em Deus. No meio dos trabalhos podemos citar a confecção das pílulas de Frei Galvão. 
Mesmo com as doações do povo o Mosteiro era muito pobre e pequeno faltando o necessário para as irmãs. Madre Maria de Lourdes começou então a angariar meios para construir um novo mosteiro maior e retirado do centro da cidade, onde elas teriam mais espaço para as plantações, conseguindo do prefeito a doação de uma parte de um terreno e a outra parte de sua própria mãe. Esse terreno ficava situado aproximadamente a 04 km do centro urbano da cidade, sendo grande e propício para o silêncio. As obras foram sendo realizadas com doações e sacrifícios no decorrer de quase 10 anos. 
As orações e penitências valeram a pena e o novo Mosteiro foi inaugurado em 1962, no dia 08 de dezembro, dia da Imaculada Conceição, e foi consagrado também a São Miguel Arcanjo. A vida dessas religiosas sempre foi de muito sacrifício e uma constante penitência e, mesmo com todas as dificuldades, elas viviam felizes e em paz com a providência Divina.
 Depois de um longo período de paz, o Mosteiro entrou em uma crise de vocações e muita pobreza. Foi nessa ocasião que um Visitador Apostólico ordenou que fosse fechado e as irmãs transferidas. A então Abadessa, com a saúde já abalada por uma vida sofrida e um grave problema no pulmão, inconformada com a decisão, obteve a licença de defender o Mosteiro.
Procurou o apoio dos religiosos locais e não conseguiu, indo posteriormente atrás das autoridades religiosas do Brasil, mas não teve êxito por não serem da mesma diocese. Foi então que, com a saúde frágil, a Madre Maria de Lourdes de Santa Rosa partiu para Roma no dia 09 de Setembro de 1974, na companhia da Madre Maria Passiflora.
Essa extraordinária irmã, aparentemente frágil, impressionou a todos que a assistiram ao apresentar suas razões perante a Sagrada Congregação para os Religiosos. Por esse ato de heroísmo, o decreto foi suspenso e o Mosteiro pode seguir sua vida normal.  
Ainda em Roma, ela teve uma grave crise de saúde, tendo então que voltar a Guaratinguetá, sendo internada no Hospital Frei Galvão e mais tarde transferida para São Paulo. Veio a falecer no dia 19 de Novembro de 1974. No dia seguinte foi sepultada na capela do Mosteiro da Imaculada Conceição em Guaratinguetá, onde se encontra sua sepultura até hoje.
             Com essa pequena biografia podemos dizer que vamos ter em um futuro próximo outro reconhecimento de Santidade em terras de Guaratinguetá, o que vai aumentar e muito o turismo no Mosteiro da Imaculada Conceição. Isso vem enriquecer a nossa região, que posso dizer que é o maior centro de peregrinação religiosa do Brasil e um dos maiores do mundo.  



Túmulo da Serva de Deus.



terça-feira, 25 de novembro de 2014

VENERABLE CONCEPCIONISTA "MADRE MARIANA FRANCISCA DE JESUS TORRES Y BERRIOCHOA


VENERABLE CONCEPCIONISTA "MADRE MARIANA FRANCISCA DE JESUS TORRES Y BERRIOCHOA


Mariana fue la primogénita de D. Diego Torres Cádiz y de Doña María Berriochoa Álvaro, que también tuvieron dos hijos varones; nació en el año 1563 en España. La familia vivía en un pueblo de la provincia de Vizcaya, junto a las dependencias de la parroquia. Esta dichosa vecindad, a sus siete años, le daba lugar a ciertas fugas inocentes y frecuentes, con dirección segura y por todos conocida: ir a los pies del Sagrario, donde su corazón encontraba el amor de su vida. Un día se produjo un gran incendio a causa de un descuido del sacristán, que consumió todo el templo, parroquias y sus dependencias, llegando el fuego hasta su casa, sus viñedos y pertenencias, reduciéndoles casi a la mendicidad. Por estas y otras razones, con esfuerzo y sacrificio, la familia se vio obligada a salir a Santiago de Galicia.
Rumbo a las Américas En 1556, las piadosas mujeres de Quito, en comunión de ideales con su primer obispo, Don García Díaz Arias, habían elevado ferviente petición al Rey de España, Don Felipe II, para la fundación de un Monasterio de la Limpia Concepción. Pasados algunos años, el Rey escogió personalmente en la provincia de Galicia, a cinco monjas Concepcionistas, que bajo la dirección de la Madre María de Jesús Taboada, llevasen a Quito el espíritu de la Orden de la Inmaculada Concepción. Marianita contaba tan solo 8 años cuando lo supo. Creyó llegada la hora para dar expansión a sus ansias de amor sacrificado, correspondiendo a su Divino Esposo. Rogó y obtuvo de su tía, la Madre Taboada, que la llevara consigo como aspirante a la vida religiosa. Los razonamientos de su madre, peticiones de su padre y hermanos no fueron capaces para dar marcha atrás. La precoz niña veía ser esa su vocación y le hacia mucha ilusión. Se bien que, grande era el dolor de la separación de sus padres y de su patria, más grande era el fuego del amor Divino. Después de pasar por grandes vicisitudes, al fin, al clarear el 30 de Diciembre de 1576, los clarines y tambores de la banda alegraban al pueblo por la llegada de las religiosas fundadoras. Marianita, cuya entereza de ánimo no había flaqueado en la extremadamente dura prueba de la travesía; se convirtió en un núcleo de admiración y respeto.Consagración al Señor El 13 de enero de 1577, fue una fecha muy importante para la comunidad, que veía realizada la fundación. Por entonces Marianita estaba de Postulante. El 8 de septiembre de 1579 cumplidos todos los requisitos y casi cumplidos los 16 años, en una sencilla ceremonia tomó el Santo hábito. Sobresaliendo en la oración y la penitencia, se decía de ella, que "era una monja en miniatura". El 4 de Octubre de 1581, Marianita, emite sus Votos entregándose por entero al Señor en un Místico Desposório: "Dios Esposo y dueño del alma ". Acabado de pronunciar los votos de Pobreza, Castidad y Obediencia, Marianita es sacada de sus sentidos y entra en un gozo estático por la aparición del Señor, quien amorosamente le acepta como Mística Esposa y le da a conocer profecías que se irán cumpliendo en el transcurso de los siglos, llegando hasta el siglo XIX.En los Oficios del Monasterio Fue muy probada por su propia tía, y en todo sobresalía con la virtud y humildad. Se distinguía en todos los oficios  que le tocaba. Hay constancia de hechos con matices extraordinarios, como el multiplicar panes, porque no llegaban a toda la comunidad, siendo 'provisora'. Curar a una joven que se dedicaba a los menesteres de la cocina y que un día se quemó la cara y el brazo; viendo que el facultativo no daba esperanzas por haberse formado ya una gangrena, ella se ofreció a atenderla y en un mes, hizo que todo desapareciera, sin dejar huellas.
Su alma se recreaba y gozaba con los detalles para los actos litúrgicos y sobretodo la Eucaristía, cuando era sacristana; también como vicaria de coro formó jóvenes en el canto, y armoniun para la solenmización de la liturgia.
La ciudad de Quito le llegó a conocer por sus consejos y ayudas que hacía con las personas que se acercaban al Monasterio, como la Madre.Como Abadesa A la muerte de su tía, la Madre María de Jesús, el año 1593, que había llevado 16 años en el cargo de abadesa y fundadora; la Madre Marianita fue proclamada por unanimidad Abadesa del Monasterio, contaba con 30 años. Llega el término de su primer trienio, es reelegida por segunda vez, pero donde el Divino sembrador había regado, abonado y fecundado el dorado trigo, había crecido la cizaña. Una monjita criolla, a quien  los cronistas de su tiempo denominan "la capitana", apoyada por un eclesiástico, pariente suyo, provocó la desunión monacal. Por aquellos tiempos la diócesis de Quito estaba bajo la dirección del Obispo Franciscano, Fray Luis López de Solís. Su vicario general, dejándose llevar por las palabras de la "monja capitana" destituyó de su cargo a la Madre Marianita y fue encarcelada en el mismo monasterio. Sólo la sacaban al refectorio para recibir de la comunidad improperios, insultos, desprecios, etc. mas ella, todo lo recibía con gran humildad y obediencia. Este ejemplo de sumisión, de no defenderse y solo confiar en su amado que todo lo sabe y lo permite para el bien del alma, sirvió para que otras hermanas se unieran a ella, llegando a 25 que pasaron por los mismos castigos, porque comprendieron que la cosa iba mal en la comunidad. Por fin llega a los oídos del Obispo lo que estaban pasando en el Monasterio de la Limpia Concepción. Con dolor escuchaba las quejas del pueblo. Acudió pues al Monasterio para informarse personalmente y poner las cosas en su sitio y  la normalidad se fue restableciendo poco a poco gracias también a la bondad de la Madre Mariana de Jesús.Aliento y consuelo de los demás Uno de los muchos casos es el siguiente: Una madre que temía perder a la niña que esperaba con mucha ilusión, corrió al monasterio a pedir oraciones a la 'madre Marianita' y ésta le retornó a la hermana portera el obsequio de "agüita de anís del país" para que la tomara con confianza de que su parto iría bien y daría a luz una hermosa niña, sana, robusta, destinada por Dios para el Monasterio. Pasado el tiempo, la niña ingresó en el convento. Se preparó para recibir el hábito y profesión religiosa y emprender el camino de la perfección, esforzándose siempre por pisar en las mismas huellas de santidad de su maestra; y así fue. Cuando desempeñaba el oficio de enfermera, le preguntó a la madre si deseaba recibir los últimos sacramentos, esta le contestó que todavía no había llegado su hora, que los recibiría gozosamente el 16 último de su vida. Apenada la joven religiosa la dice: Madre le ruego me lleve y no me deje ya que no tengo fuerzas físicas para resistir la dura prueba, a lo que la madre le respondió: pide al Señor esta gracia, si le place concedértela, prepárate para irnos. Y así sucedió, ella pide permiso a su madre abadesa para morir, pide que se le conceda el hábito más viejo para su mortaja, pide que venga su confesor, pide un hoyito en la huerta para su entierro, pide perdón a toda la comunidad y llena de alegría va a los pies de Jesús y se deshace en lágrimas de felicidad.Cuando la madre Mariana murió, ayudó a preparar las cosas en la sacristía y ya colocado el cadáver en el coro para la ceremonia que se celebra al día siguiente, pidió a la Madre abadesa que le dejara pasar junto a su madre el último momento. Se le concedió y se colocó a los pies con la frente y las manos sobre ella y no se movió de allí hasta que a la una de la madrugada vino la madre trayéndole una taza de caldo para que tomara y al llamarle no respondió; le llamó mucho la atención porque era una hermana dócil, la tomó del hombro para verla y cual fue el susto verla muerta con sangre en sus manos, boca y los pies de la difunta. La llevan a la celda y solo pueden confirmar su muerte. Así pues, la hermana Zoila Blanca Rosa de Mariana voló al cielo junto a su madre y maestra. Era vista en Quito, como la 'madrecita' que arreglaba los problemas y conflictos familiares. También se da fe del don de bilocación en Madre Mariana, para ayudar a los que se encomendaban a ella cuando hacían viajes en mulos ya que los caminos estaban llenos de ladrones.Últimos días
La Navidad de 1534 fue una fiesta inolvidable para toda la comunidad, porque sabían que sus días se acortaban y todas querían unas palabras de la madre querida, que les decía entre otras cosas: "Mirad hijas mías, que mi destierro se ha prolongado mucho, todas mis hermanas fundadoras gozan ya de la visión de Dios, dentro de un mes y medio también yo os dejaré, como nos han dejado ellas".
La llama su biógrafo la "Monja que muere tres veces"<p>porque se comprueba histórica y documentalmente que esta bendita monja, murió realmente en el año 1582; luego sigue viviendo y muere por segunda vez el 17 de septiembre de 1588, para resucitar y volver a morir definitivamente el 16 de enero de 1635 a la edad de 72 años.</p> A las tres de la tarde dejó de latir el corazón de Madre Marianita.Después de la muerte Todo el pueblo de Quito se volcó para ver por última vez a la "madrecita buena"<p>. Entre el gentío había una pobre mujer, llamada Petra Martínez que deseaba llegar a las rejas del coro y suplicar curase a su niña ciega de nacimiento, que contaba con cinco años. No cesaba de repetir:</p>"Madre Marianita, duélete de nosotras! ¿Qué será de esta niña, después de mi vida? ¿Quién le acariciará como lo hacía vuestra merced? Insistía la madre, deje que la mire por primera y última vez mi niña, luego la madre metía la mano por las rejas con solo el deseo de coger una rosa que adornaba las andas y al no conseguir lo deseado salió corriendo y trajo un palo y así obtuvo lo deseado y con gran alegría cogiendo a la niña le frotaba los ojos pidiéndole a la madre Marianita le curase. Y así entre llanto y súplicas se quedaron dormidas por un buen rato. Al cabo, la madre se despertó y comenzó nuevamente con sus rezos que despertó a la niña, la cual se incorporó poco a poco en las faldas de su madre y luego dando un salto a las rejas exclamando: "Madre Marianita qué bonita ha sido, pero no duerma ya más, despiértese y levántese, otra madrecita tan bonita también está durmiendo"<p>a estas voces la madre no cabe en su asombro y el milagro se cumplía.</p> Son muchos los prodigios obrados por la intercesión de esta sierva de Dios.Madre Santísima. del BUEN SUCESO! Tu que amasteis privilegiadamente a tu hija y confidente la Sierva de Dios madre MARIANA FRANCISCA DE JESUS TORRES, en los dias de su vida mortal: alcanzanos de Jesucristo Nuestro Senor, que ese vuestro amor de preferencia lo podamos comprobar concediendonos la gracia que ahora te pedimos; y la extraordinaria de verla elevada al honor de los altares en no lejano dia, para que la Iglesia y la Patria ecuatorianas cuentan prontamente con una intercesora poderosa que nos salve de los males fisicios, morales y sociales que acucian nuestras vidas y nos llevan al borde de la angustia. !Salvennos sus ruegos y su antiguo amor a Quito y a todo el Ecuador! Padre Nuestro, Ave Maria y Gloria.Bajo el Altar de una capilla interior del Monasterio, se conservan 4 de los cuerpos incorruptos de las Madres Fundadoras.
Uno de ellos es el de la Madre Mariana de Jesús Torres.Bajo el Altar de una capilla interior del Monasterio, se conservan 4 de los cuerpos incorruptos de las Madres Fundadoras. Uno de ellos es el de la Madre Mariana de Jesús Torres.MADRE MARIANITA Y LA VIRGEN DEL BUEN SUCESOMADRE MARIANITA Y LA VIRGEN DEL BUEN SUCESO
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    Venerable María Tomelín del Campo, Concepcionista

     

    Venerable María Tomelín del Campo, Concepcionista

    Venerable María Tomelín del Campo, Concepcionista
    Junio 11

    María de Jesús de Tomelín del Campo nació el 21 de febrero de 1579. Fue hija de don Sebastián de Tomelín, nacido en Valladolid, España, quien era dueño de obrajes y haciendas, con las que hizo una buena fortuna; su madre fue Francisca del Campo, una criolla nacida en la Ciudad de México, quien desde su embarazo la consagró a la Virgen del Carmen. Fue bautizada 4 días después por Tomás Ruiz, en la Parroquia de la Iglesia Catedral, y su padrino fue Alfonso de la Huerta.
    Se cuenta que desde su niñez vivió en un mundo místico. Sus biógrafos relatan que recibía la visita de las Almas del Purgatorio; la Virgen María le ofrecía al Niño Jesús y recibía también ayuda de Ángeles guardianes.
    Francisco Pardo cuenta que María de Jesús, a la edad de cinco años, vio en una noche a cierto tío suyo difunto, el cual le pidió que le dijera a su padre que le ayudara a salir del Purgatorio dedicándole unas misas a su alma, por lo que el padre dijo a su hija: "Hazle estas y estas preguntas a tu tío cuando lo veas", las cuales hizo esta criatura admirable, y salió de ellas tan cierta la noticia de la verdad del caso, que dichas las Misas, se alivió aquella alma y se engrandeció esta niña.
    Su infancia está llena de inocentes anécdotas y prematura vocación que era alimentada por su madre; es probable que sus virtudes hayan sido exageradas por sus biógrafos del siglo XVII, quienes dicen que a los 6 años, inspirada en la vida de San Juan Bautista, fue a una cueva donde permaneció casi una semana hasta que su angustiado padre la encontró.
    En el libro "Sor María de Jesús, El Lirio de Puebla", su autor, Enrique Gómez Haro, relata otra anécdota de su infancia:
    "Presentóse una vez a la niña un mendigo tan necesitado, que le hizo llorar mucho, no sólo por compadecerse de su miseria, sino porque no podía remediarla; acudió a la Santísima Virgen, rogándole que la socorriese para auxiliar a aquel pobre, y, al comenzar su oración, cayó de la bendita Imagen una moneda de dos reales, que, con el mayor júbilo, entregó al pordiosero. Vio este prodigio una hermanita de nuestra Venerable, a la que previno que lo tuviese oculto, como lo hizo durante largos años".
    María de Jesús pasaba horas en el oratorio familiar. Se dice que veía a la Virgen María. Don Sebastián, su padre, escéptico y de carácter arrebatado, responsabilizó a su esposa de la despreocupada actitud de la niña para las cosas del mundo, pues como era costumbre, las mujeres se casaban muy jóvenes y él quería entregarla en matrimonio.
    María de Jesús se enfermaba cada vez que su padre hablaba de la boda. Al parecer, don Sebastián de Tomelín presionaba mucho a su hija para casarse con un caballero rico y poseedor de un mayorazgo. Se dice que en una ocasión su padre sacó una daga y corrió tras de su hija que se refugió en un armario, al cual hizo trizas con el puñal. María de Jesús, bajo la constante presión de su padre, caía enferma al grado de desahuciarla los médicos.
    Al final, el padre no pudo impedir que su hija abrazara el estado religioso. Un día de mayo de 1598, cuando se dirigía al templo de Nuestra Señora del Carmen, acompañada por su madre y su hermano, al pasar por el Convento de La Concepción, se detuvo diciendo que quería entrar a pedir un poco de agua. Logró entrar para nunca salir ya de aquella su anhelada clausura.
    A los 19 años, María de Jesús de Tomelín tomó los hábitos de la "Limpia y Pura Concepción de María Santísima", y pasó larga temporada de discernimiento en la que pidió permiso a la Maestra de Novicias para hacer penitencias de sangre; enfrentó duras pruebas de fe por lo que el Obispo de Puebla, don Diego Romano, pidió a un sacerdote que cuidara la conducta de la aspirante.
    Algunas prácticas que buscaban "la perfección cristiana", como ayunos, flagelaciones, uso permanente de púas y distintas formas de sufrimiento y destrucción del amor propio, fueron utilizados por las monjas durante mucho tiempo.
    El 17 de mayo de 1599, hizo su Profesión solemne. Su compañera de rezos, Agustina de Santa Teresa, fue su primera biógrafa. En el Convento, Sor María de Jesús fundó la Cofradía del Rosario y luego, dos asociaciones más: la del Carmen y la del Dulce Nombre de María.
    Al tener la edad canónica, su comunidad pensó en elegirla como Abadesa, pero esto le ocasionó muchas envidias de sus compañeras. Existen testimonios de que Dios hacía prodigios por mediación suya y le atribuyen dones de bilocación, clarividencia, telequinesis y profecía. Eran muy frecuentes en ella los éxtasis, que se hicieron públicos en la comunidad, cuyas monjas la vieron muchas veces elevada en el aire. Algunas compañeras decían que "tales milagros eran hechicerías" y la llamaron embustera.
    Es difícil entender algunos aspectos de la vida de esta monja "iluminada" sin conocer como era la vida en los conventos a principios del siglo XVII. Una monja "iluminada" es aquella que logra tener visiones y revelaciones como las solía tener Sor María de Jesús, ya que "lograba" ver a Cristo, niño y adulto, en la Hostia Sagrada.
    El problema con estas revelaciones es que era muy difícil saber de qué lado estaba, es decir, si del lado de la ortodoxia sostenida por la Iglesia: las monjas "iluminadas"; o del lado de la herejía: las llamadas monjas "alumbradas", quienes simulaban tener visiones santas, pero en realidad no eran más que una especie de embusteras.
    Se conocen en Puebla, por lo menos, a tres monjas "iluminadas" durante el siglo XVII y principios del XVIII. Sor María de Jesús de Tomelín fue la más famosa, ya que tuvo doce intentos para ser beatificada, pero sin éxito hasta ahora.
    Los conventos femeninos podrían clasificarse en los de las religiosas que guardaban la vida común, denominadas "Descalzas", y los monasterios donde se podía observar una vida particular, los de las monjas "Calzadas". Las Ciudades de México y Puebla fueron las que más conventos de este segundo tipo tuvieron durante la época colonial.
    En los conventos de monjas "Calzadas", como el de La Purísima Concepción en Puebla, se permitió el ingreso de "monjas de velo negro" en dos categorías: "supernumerarias" y "numerarias". Estas monjas podían vivir gracias a los réditos de la dote que daban sus familias, por lo que el monasterio no se encargaba de su alimentación, vestuario, habitación y gastos.
    Las monjas que nunca llegaban a reunir el dinero suficiente de una dote, no podían aspirar a profesar como monjas de velo negro y coro, y quedaban, por lo tanto, como "monjas de velo blanco". Las monjas numerarias y supernumerarias tenían sirvientas o esclavas por lo que no necesitaban de los servicios colectivos.
    Sor María de Jesús contaba con los servicios de una esclava asiática, llamada Isabel, quien era grosera con ella, pero lejos de despedirla, actuó con tolerancia y humildad.
    Con el ingreso de este tipo de monjas, los espacios originalmente asignados para los huertos se convirtieron en las celdas y patios que ocuparon estas monjas privilegiadas. Cada celda, de alguna manera, reproducía el estatus social de cada religiosa.
    Es importante tener en cuenta que para el siglo XVII las mujeres eran consideradas como seres débiles y menos inteligentes que los hombres. Las leyes de entonces las trataban como menores de edad que necesitaban protección. Se pensaba que eran tan poco responsables que no podían ser testigos en testamentos, ni ser fiadoras ni tampoco ser encarceladas por deudas.
    Su condición estaba reducida a ser hija del padre o esposa de su marido, o bien tenían otra opción, entrar a un convento.
    En el Convento de la Concepción, Sor María de Jesús se destacaba por virtudes como la paciencia, ya que cuando otras monjas la calumniaban y acusaban de hipócrita, embustera, ilusa, santera, alumbrada y hechicera, mostraba una gran humildad y espíritu caritativo, como señalan algunos de sus biógrafos, puesto que toda la comida que le regalaban, por ejemplo, se las daba a las enfermas.
    Otra virtud era su castidad, puesto que los pecados de las mujeres eran vistos como parte de su naturaleza corporal y sensual, siendo los hombres seducidos por la corporeidad que la mujer ofrecía. Para probar esta virtud se debía resistir a la tentación. El demonio tenía la capacidad, dentro de las visiones de las iluminadas, de trasmutarse en un hombre o en distintos animales como tigres y leones.
    Estas apariciones eran constantes y en cierta forma eran una especie de requisito para que estas monjas iluminadas lograran una auténtica unión mística con Dios.
    Sobre el don de profecía, Sor Agustina de Santa Teresa escribió que Sor María de Jesús profetizó su propia muerte y también predijo, que después de su muerte, seguiría la del Obispo de Puebla don Gutierre Bernardo de Quiroz y en su lugar llegaría un pastor santo, aunque en esos momentos todavía no estuviera ordenado como sacerdote, su gobierno será santo pero padecerá muchos trabajos, es decir, estaba hablando de Juan de Palofox y Mendoza.
    En cuanto a la capacidad de penetrar las conciencias, se cuenta que fue capaz de descubrir a su compañera de celda, sor Agustina de Santa Teresa, quien recopilaba información sobre todos sus actos, por órdenes del Obispo de Puebla Alonso Mota ya que se había percatado, junto con el confesor de Sor María de Jesús, el padre jesuita Miguel Godínez, de las virtudes de esta monja iluminada.
    El padre Godínez fue un especialista para distinguir monjas iluminadas. La catalogaba a la altura de otros místicos maestros y al respecto decía:
    "Yo por espacio de más de treinta años traté muchas almas muy perfectas en la oración: pero esta santa mujer fue de las más perfectas que hallé en materia de oración".
    La hidropesía dañó la salud de Sor María de Jesús y fallece el 11 de junio de 1637, día de Corpus Christi. La Causa de Beatificación la quería introducir el Obispo de Puebla Juan de Palafox y Mendoza, pero fue su sucesor, Diego Osorio de Escobar y Llamas, quien ordenó el proceso informativo en 1661 y lo envió al Papa Clemente X, quien nombró Ponente de la Causa al Cardenal Carpegna.
    Sor María de Jesús de Tomelín realizó once milagros de sanación en vida y numerosos milagros después de muerta, algo poco común en las mujeres, según los especialistas.
    Se dice que una vez muerta comenzó a expeler su cadáver un aromático sudor, el cual fue recogido por las monjas que emplearon toallas y telas para conservar dicho líquido bendito. Al pasar el tiempo y cuando se abrió por primera vez su fosa, en el año de 1685, para verificar su santidad, persistía su aroma a pesar de no encontrarse su cuerpo.
    Algunas monjas tomaron tierra del sepulcro, con lo que se realizaron otros 29 milagros con la aplicación de esta tierra. Francisco Pardo cuenta que una monja utilizó dicha tierra, mezclada con barro del santuario de San Miguel, en Tlaxcala, para curarse un tumor.
    Así también, con la aplicación de sus reliquias se realizaron diez milagros. Un par de ellos se hicieron con un pedazo de su velo, gracias al cual se apagó un incendio en una de las celdas y muchas mujeres se salvaron en otra ocasión de una epidemia.
    El 21 de julio de 1785, el Papa Pío VI reconoció las virtudes de la Venerable Sor María de Jesús de Tomelín del Campo, iniciando así el examen de los tres milagros que entonces se pedían.
    Enrique Gómez Haro nos cuenta en su libro:
    "Era yo muy niño, y ya iba con mi papá al Convento de Monjas Concepcionistas, para visitar a la Venerable Madre, cuyo cuerpo, que decían estaba incorrupto, guardábase en una urna de revestimiento dorado, en una pieza de la planta baja, accesible a cuantos pretendían llegar hasta allí, en busca de alivio o de consuelo. ¡La Venerable Madre! Todos los poblanos hablaban de ella, tradicionalmente, como una religiosa muerta en olor de santidad".
    Sus restos se veneran en el salón anexo a la Capilla de Santa Gemma, en Avenida 4 Oriente, N° 412, en la Ciudad de Puebla, capital del Estado de Puebla, México.

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